sexta-feira, 13 de março de 2020

Europa é o novo epicentro da pandemia de coronavírus, diz OMS

Secretário geral afirmou que o número de casos confirmados por dia na Europa já é maior que os confirmados na China.


O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e Maria van Kerkhove, líder técnica de programas de emergência da entidade, em coletiva nesta segunda (2). — Foto: OMS

O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira (13) que a Europa se tornou o novo epicentro da pandemia de coronavírus. O oficial informou que o número de casos confirmados por dia na Europa já é maior que os confirmados na China.

Ao lembrar que o número de mortes no mundo em decorrência do coronavírus superou a marca dos 5 mil nesta sexta, Tedros afirmou que é "impossível" dizer quando a pandemia alcançará o seu pico.

Por isso, Tedros pediu que os doentes "fiquem em casa" e que os saudáveis "cancelem viagens desnecessárias e grandes eventos sociais" e que todos "sigam as recomendações da sua autoridade sanitária local ou nacional." O Secretário Geral lembrou que cada país é livre para decidir suas próprias medidas de contenção da pandemia diante das necessidades específicas de sua população.

Ainda durante a coletiva de imprensa desta sexta, o diretor executivo da ONU, Michael Ryan, afirmou que, desde que os casos de Covid-19 se transformaram em uma pandemia, cada pessoa passou a ser responsável por frear as transmissões. "Cada membro da sociedade sabe o que fazer, cada membro da sociedade está informado."

Ryan lembrou da urgência no desenvolvimento de uma vacina contra o Covid-19 e frisou a importância de se fazer investimentos nas pesquisas da vacina.

A diretora técnica Maria van Kerkhove pediu que, todos que apresentarem os sintomas - febre e tosse - que "por favor, façam o teste de coronavírus."

Segundo dados da CGTN, estatal chinesa de notícias, até o momento, foram 5.090 mortes por esta infecção em todo o mundo. A maior parte delas, 3.180, está concentrada na China.

Na Europa, o país mais afetado é a Itália, que ultrapassou as 1 mil mortes e já tem mais de 15 mil casos confirmados.

FONTE:https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/03/13/europa-e-o-novo-epicentro-da-epidemia-de-coronavirus-diz-oms.ghtml

CORONAVÍRUS - CID10:

Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.

Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome” e o novo vírus nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).


Manifestações Clínicas

Os coronavírus humanos comuns causam infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.
O MERS-CoV, assim como o SARS-CoV, causam infecções graves. Para maiores informações sobre as manifestações clínicas do MERS-CoV, acesse a página sobre MERS-CoV.




coronavírus


Período de incubação

De 2 a 14 dias

Período de Transmissibilidade

De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

Transmissão inter-humana

Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada. Com relação ao MERS-CoV, existem a OMS considera que há atualmente evidência bem documentada de transmissão de pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que ocorra transmissão sustentada.

Modo de Transmissão


De uma forma geral, a principal forma de transmissão dos coronavírus se dá por contato próximo* de pessoa a pessoa.

* Definição de contato próximo: 
Qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente (ex.: morado junto ou visitado).
Fonte de infecção

A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas uma espécie animal ou, pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns coronavírus, como o SARS-CoV podem infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o SARS-CoV é incerto, mas parece estar relacionado com morcegos. Também  existe a probabilidade de haver um reservatório animal para o  MERS-CoV que foi isolado de camelos e de morcegos.

FONTE:http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/coronavirus.html